“Uma peça de cerâmica demora tempo: o tempo de fazer a pasta, moldar, secar, cozer, arrefecer, pintar, vidrar. Um investimento prolongado que num segundo se transforma em cacos - mas assim é também a vida, mais valiosa pela sua fragilidade.
No tema principal desta edição falamos de crâmica como forma de louvar tudo o que demora e é feito com as mãos, neste caso a partir de um pedaço de terra (há lá coisa mais poética).
Mas não se trata, salvo leis da gravidade, de uma ceâmica frágil: é antes uma cerâmica cheia de lata, com humor, que joga com as formas ou que não tem medo de ser inútil. (…)”
Ana Dias Ferreira, Directora